sábado, 28 de agosto de 2010

Vivenciando uma Falsa Santidade e um Falso Avivamento, Vivendo sem Amor, sem Paz, com Culpas e sem Cura Interior!!


Seria maravilhoso se estivéssemos vivendo a essência e na essência dos ensinamentos de Jesus, ou se realmente entendêssemos a mensagem dos evangelhos, que ao meu ver é tão clara como o cristal, quando nos passa mensagens objetivas sobre o amor ao próximo e a si mesmo, fé e adoração primeiramente a Deus, a Jesus e ao Espírito Santo e na valoração do projeto de Redenção e Salvação, mas não precisamos ser formados em teologia ou ter o dom da profecia para percebermos a realidade sombria que cerca o nosso cada vez mais crescente e promissor grupo de “crentes”, que momentaneamente está em moda.
Durante séculos e séculos, a imagem do “crente” vem sendo moldada, transformada e evoluída, alcançando nesta década, as mais diversas vertentes que formam “as doze tribos”, se assim me permitem classificar. Elas se dividem em:

1. As Tradicionais, que já dominaram e foram maioria. Hoje formam a menor das tribos e perdem seus membros diariamente para as outras tribos.
2. As Primitivas, que estão em processo de extinção e ficam geralmente isoladas e com uma dúzia ou meia de membros.
3. As Materialistas, que crescem em número, em poder e em programas de TV, atingindo grandes massas que buscam só as mãos de Deus e suas riquezas.
4. As Missionárias, que sofrem por amor ao próximo do próximo, algumas vezes se esquecendo do seu próprio próximo. De qualquer maneira sofrem por amor.
5. As Socialistas, alvos de politiqueiros de plantão que aproveitam as muitas obras sociais nas comunidades vizinhas pra se candidatarem ou se reelegerem.
6. As Comunistas, que pregam a pobreza e a estagnação ou mesmo a julgar os mais abastados como seres pecadores que sofrerão a morte eterna.
7. As Democráticas, que vivem no limiar da liberalidade, que por medo de perder seus membros fiéis, vão se abrindo a modismos e manias impostas pela mídia.
8. As Liberais, que viraram verdadeiros clubes vip’s, dando mais importância aos bate papos na hora do culto, fofocas na porta da igreja, desfiles de moda e ostentações de jóias, perfurações pelo corpo ou quem tem o importado mais caro.
9. As Do Reteté, que só falam em fogo e esquecem que Jesus é pão e água. Seus cultos se igualam com sessões espirituais ou afros, entre outras coisas muito pior.
10. As Militares, comandadas a mão de ferro por Pastores Coronéis que pensam mais em colocar em disciplina, expulsar ou afastar seus membros, do que tratá-los, amá-los ou apascenta-los.
11. As Do Velho Testamento, que vivem tentando, sem sucesso, seguir a Lei, acham que seguem ou interpretam do seu jeito. Desprezam a Graça, o amor e a liberdade que temos em Cristo Jesus.
12. As Do Novo Testamento, que parecem dar a Deus um 2º ou 3º lugar na adoração, na glória, louvor e honra dentro da Trindade. Jesus mesmo deixou claro que toda a adoração, louvor, glória e honra era devida ao Pai que está no céu, e que Ele seria o intermediador entre nós e o Pai que detém todo o poder.

Essas “doze tribos”, neste momento não são um privilégio só do Brasil, pois há notícias de grupos religiosos parecidos ao redor de todo o mundo. A vinda do Senhor Jesus realmente está muito próxima e pegará muitos de nós de surpresa, pois o homem natural se preocupa mais com a sua denominação, suas liturgias, seus estatutos, suas idealogias, suas verdades absolutas, seus dogmas, seus paradigmas, suas interpretações e aplicações bíblicas tão errôneas e prepotentes, que afastam a simplicidade da pureza do amor entre o coração humano e o coração sublime do próprio Deus.
As pregações que dão ênfase à santidade, que devemos ter e manter em prol da nossa Salvação, só se referem à proibições, pecados e afastamento do mundo. Vejamos, Jesus viveu como homem aqui no mundo e foi a todos os lugares onde se juntavam pessoas de diversas etnias, crenças e culturas, que estavam dispostas ou não a ouvi-lo. Foi à batizado, casamento, a praia, andou de barco, ensinou as escrituras, contou parábolas, foi à sinagoga, à velório, pescou, bebeu vinho, transformou água em vinho, ceiou com os seus, aceitou Maria Madalena com amor, deu valor à sua família, colocou sua família em segundo plano, curou, expulsou demônios, impediu um apedrejamento, se irritou com os mercadores no templo, enfrentou Satanás, enfrentou os escribas, fariseus e hipócritas, chorou, perdoou pecados, sofreu humilhações, dor no corpo e na alma, foi traído, pediu que fosse poupado ao Pai, foi corajoso, foi amado, odiado, desprezado, incompreendido, morreu, ressuscitou, cumpriu a lei em si mesmo, e está eternamente ao lado do Pai. O que afinal Jesus pregou durante sua estada entre nós? O que é mais importante? O que NÃO podemos ou devemos fazer, ou o que devemos fazer ou como devemos agir? O que nos representa? O que mostramos ser e como vivemos, ou o esforço em mostrar o que não devemos fazer pois é proibido? Longe de mim julgar os irmãos ou as denominações, mas construímos uma imagem errada. A imagem do super humano, que não erra e que é julgador dos erros dos outros, esperando que os outros não nos espreitasse com astúcia e malícia para nos pegarmos em contradição e com a boca na botija, as vezes botijas tolas, mas ditas proibidas.
Cada um sabe do seu próprio mal e naquilo em que é fraco e débil, mas tudo foi rotulado como pecado pelos “juízes de Deus” aqui na terra, e nisso está incluído as coisas mais loucas, como: ir a praia, usar bermuda, camisa sem manga, mulher cortar o cabelo, usar maquiagem, calça comprida, ir ao cinema, dormir com pouca roupa, ir a parques, ver tv, internet, doar ou receber sangue e órgãos, entre tantas outras coisas bem mais estranhas.
Já está mais do que na hora de deixarmos de lado a falsa ingenuidade de que há algum santo entre nós. Todos fazemos parte do “PA (Pecadores Anônimos)”, que em nada tem de diferente do já tão conhecido AA – Alcoólicos Anônimos. Precisamos lutar de hora em hora, ou por que não dizer de minuto em minuto com todas as nossas forças humanas e não só com as forças espirituais, em vencer os pecadinhos ou pecadões que rondam as nossas mentes e corações. Deus já fez a parte Dele, nos enviando o seu único Filho e depois o Espírito Santo, nos rodeando de anjos e nos abençoando com suas maravilhosas promessas, mas espera de nós uma ação efetiva, positiva e de fé. Espera que vivamos a verdade do evangelho, amando a Deus sobre todas as coisas e a todos sem distinção de raça, religião, cultura, idade, classe social ou sexo. Não há Santidade ou Avivamento sem o amor genuíno e gerado no coração de Deus. Não há Santidade ou Avivamento coletivo, nem batismo com o Espírito Santo em massa como se dizem por aí, sem antes vivermos esse pleno amor. Amar é se importar, é se doar, é andar junto, é ir além, é consolar, é chorar junto, é rir junto, é perdoar, é ser perdoado, é esquecer o que perdoou, é visitar, é ajudar nos momentos difíceis, enfim é fazer ao próximo o que gostaríamos que fizessem com nós mesmos.

Daniel Luis G. Souza – Niterói - RJ ( A Paz)

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